A Saga dos Savoi

Em abril de 1924, Giuseppe Savoi e sua família desembarcam no Brasil, fugindo das marcas deixadas pela Primeira Guerra Mundial na Itália. Vindos de Faver, uma pequena vila nas montanhas de Trento, traziam consigo muito mais do que malas e recordações: traziam a força de uma herança construída com trabalho, fé e o amor pelo sabor da vida.

Antes de cruzar o oceano, Giuseppe havia lutado na guerra e, ao regressar, retomou com coragem o ofício de sua família — a arte de transformar frutos em celebração. Nas encostas frias de Trento, entre vinhedos e pessegueiros, produzia vinhos e “grappa” artesanal, tradição transmitida por gerações. Cada safra era um ato de resistência e esperança, um brinde à vida mesmo em tempos difíceis.

Com o sonho de um futuro melhor, Giuseppe e Clementina venderam tudo o que possuíam e embarcaram com os filhos no navio Pincio, deixando a Itália em 17 de março de 1924. Foram dezenove dias de travessia até o Rio de Janeiro, onde começaram um novo capítulo da história da família Savoi em terras brasileiras. Trouxeram na bagagem o saber fazer e a sensibilidade de quem entende que cada fruto guarda uma história e cada sabor, uma lembrança.

No Brasil, a família construiu novos caminhos sem abandonar as origens. A dedicação, o cuidado e a celebração do trabalho simples permaneceram como essência. O tempo passou, mas o legado de Giuseppe e Clementina sobreviveu — transmitido de geração em geração, como um brinde silencioso à memória e à força das raízes.

Inspirado por essa jornada, nasce o Limoncello Di Savoi, que celebra um século de história. Mais do que um licor, ele representa a fusão perfeita entre a tradição italiana e o frescor do Brasil. Um encontro de mundos que se unem em harmonia, transformando o sabor do limão em símbolo de alegria, família e celebração — exatamente como Giuseppe imaginaria.